Viagem ao Chile: Não são só glórias, mas também perrengues
Chile 2017 - Uma experiência muito diferente
VIAGENS
Márcia Shimada
7/8/20253 min read


Em 2017, minha filha foi estudar por seis meses em uma escola de arquitetura no Chile.
Mérito 100% dela: participou do vestibular da Universidade Anhembi Morumbi, onde os 50 melhores colocados ganharam o curso de Arquitetura totalmente gratuito aqui no Brasil e, de quebra, seis meses de intercâmbio.
Agora imagina a nossa preocupação e os preparativos! Organização financeira, planejamento, passagens, moradia, alimentação... Tudo custeado por nós, os pais.
Mas valeu muito a pena. Hoje ela é uma arquiteta formada, e a experiência no Chile agregou muito à vida pessoal e profissional dela.
Porém, como toda viagem, nem tudo foram flores. Alguns perrengues ficaram bem marcados — principalmente pra mim, rs.
No feriado da Páscoa, em abril de 2017, eu, o Patro e minha filha mais velha resolvemos visitar a nossa estudante de arquitetura.
Pesquisei um roteiro básico para quatro dias, com foco principal em curtir Santiago e matar a saudade da nossa pequena.
Como sempre, segui as recomendações clássicas de viagem: “esteja atento ao seu redor em áreas turísticas, estações de transporte público e ao sair de hotéis. Evite deixar objetos de valor à mostra e mantenha sua bolsa ou carteira sempre por perto”.
Chegamos bem cedinho numa quinta-feira, dia útil, ou seja, dia de aula pra ela. Deixamos as malas no hotel e saímos só com uma mochila para tomar café da manhã.
A cafeteria ficava ao lado do hotel, um espaço pequeno, com poucas mesas. Sentei de costas para o balcão onde as pessoas pagavam a conta. Deixei a mochila encostada na cadeira, para o lado de um corredor bem estreito. O Patro e a Vivi ficaram na minha frente. Pegamos o cardápio e começamos a ver os pedidos.
Genteeee, foi um segundo, juro! Num reflexo, olhei pra trás pra conferir a mochila... e nada. Ela não estava mais ali. A sensação é indescritível. Na hora, falamos com os funcionários da cafeteria, que só disseram: “não vimos nada”, “ninguém suspeito”. Como assim??? Fiquei indignada!
Saímos da cafeteria sem nem tomar café, subimos para o quarto do hotel, ainda com aquela esperança absurda: “será que eu não desci com a mochila?”.
Mas a realidade bateu forte: fui furtada dentro da cafeteria.
A partir daí, só nos restou ir ao banco — que, graças a Deus, estava aberto por ser dia útil — e bloquear os cartões. Como tínhamos acabado de chegar, a mochila ainda estava com o celular e dinheiro em espécie.
Claro que isso causou um enorme aborrecimento, além do prejuízo financeiro. Talvez por isso eu não tenha nenhuma foto dessa viagem!
Mas as boas memórias ficaram registradas no coração. O reencontro com a Si, o orgulho de vê-la na faculdade. Ainda conseguimos aproveitar um pouco: passeamos pelas redondezas do Palácio de La Moneda, fomos ao Sky Costanera e jantamos no Restaurante Giratório.
No último mês dela no Chile, adivinha? Ela também foi furtada. Felizmente, “só” levaram o celular. O mais impressionante foi a audácia: o furto aconteceu dentro do metrô, com o celular no bolso da calça jeans!
Vejo muitos posts sobre viagens para o Chile, mas, sinceramente, até hoje nada me motivou a voltar.
E é por isso que peço a ajuda de vocês, leitores desse blog: me ajudem a mudar essa experiência! Quero novas dicas, outras perspectivas, roteiros que me façam querer dar uma segunda chance ao Chile.
Prefiro o frio, então, por favor, me indiquem hospedagens, restaurantes e passeios para essa época do ano.
Somos bem práticos, como vocês já devem ter percebido em outros posts: nada de luxo, apenas uma boa cama e um bom chuveiro. Um lugar limpo, bem localizado, de fácil acesso ao transporte público — raramente usamos Uber. Gostamos mesmo é de caminhar, explorar a cultura local e aproveitar a gastronomia de forma simples.